quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Morcego Vampiro!

Sangue!

Azul
Vermelho
Negro

Era só
o que
queria

Hu/Mor/Cego!?

De tanto
sangue
beber;

Mais parecia
um carneiro..

..cordeiro
da besta?

Bebeis
todo o
sangue
do mundo!

Balanço Anual

O Quê Produzes?

Conhecimento
Empírico.

Pra Quem
Trabalhas?

Epstemologia S/A.

Capital Estimado?

-Inestimável-

Juros?
Sem juramentos!

Lucros?
Poucos!

Dividendo..
..e não apreendendo!!!

O NAVIO FANTASMA - Ao Ghost..de Anish Kapoor..

Era todo ele
de negra rocha

Com uma
âncora de papel
(como este poema)

Destarte;
Flutuava

Singrando/Sangrando

Os mares,
as terras.

Refletindo
Em sí mesmo

Aquilo
o que
ninguém

Queria
ver

O buraco
e
o vazio

Do ser.

VOLIÇÕES VULCÂNICAS

De quê

São feitas
As coisas

Além,
de restos
de nada..

Inflexões;

Vulcões
de palavras.

Versos
Visões
Empaladas

Noções
Porções

De larva..

Doze Para Meia Noite

Fazer com
que o
silêncio;

entre você
e as coisas.

Passe nem
mais a..

..coexistir

E seja
tão absoluto;

que o
luto

pareça
fruto.

E palavras
não
signifiquem
tudo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

INDÍCE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Hoje eu contei
Deram quantos?

Foram tantos,
os que se foram.

Os que
morreram
por des
gosto.

Os que
se mataram

Em algum
agosto

Os que..

..nem mais
sei contar

Os que

Na Vida;
Na Morte,

Encontraram
Um par.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CIMENTO NEGRO - à Borges..

A(h) Palavra!
Tange/Cinge

O sentido
das coisas

(de tal forma)
A dar à elas

Singular/Plural
Particular

SIGNOFICADO!
(coisificando-as)

Uma quase;
verdadeira,

Sensação
de posse..

..de tudo
posso.

GUERRA CIVIL - à Joan Brossa-

Estado Laico
(Risos)

Estado Lático
(política do café com leite)

Estado Arcaico.

Estado Lacaio!
(Aplausos)

Estado-Civil:
Divorciado

Estado do Estado:
Em péssimas condições..

BoDY ArT

Saio
Deste
Corpo

Que
não
me
pertence

U.F.O

É Ovni
que existe
vida

Em outros
Planetas.

HOMERRO

Não Escrevo
Na tradição

Greco-Latina

Molho minha
pena
na latrina

Como bom
Poeta
de merda

Da América
Latina.

Atestado de OB..to.

Eu só

queria

ser seu OB

por um

dia.

USE O CINTO..

..De castidade

O mundo não precisa

De mais gente..

RUMOR NEGRO

Em Terra de
Mor..Cego

Quem tem
sangue

É Rei!

F E I J ÃO

Tudo posso
naquele
que
me

fortalece

Micro Poema em homenagem a Michel Butor..

BUT D´OR..

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Biel, o Bibliotecário Babão.. Da Série Micro Contos No Macro Cosmos!

Nome de anjo, sugerido por sua vovó enquanto ainda era católica, protestou depois, mas o rebento e o registro já tinham sido efetuados, com efeito.

Por economia de tempo e espaço, coisa rara quando se mora em algum barracão com alguns irmãos em alguma periferira e dada a fanhosidade do primogênito, logo virou apenas Biel..

De família pobre aprendeu a ler na biblioteca da escola pública em que sua mãe púdica trabalhava; de faxineira, é claro..filho de algum filho da puta que nunca conheceu..

Foi fondo, levando aquela vidinha idiota que todos levamos, acrescida da pobreza material à espiritual, que os moradores de nossas miseráveis comunidades, por motivos óbvios, pois fica mais fácil viver e o estado controlar, bom pra todos; aprendem a cultivar como erva daninha..

Lia o que podia, quando queria, pois quando não queria, fazia o que podia.. de tanto se esforçar e por falta absoluta de algo melhor ou menos idiota que fazer, tomou gosto pela leitura, pois além de ser algo que fazia sozinho, privacidade é coisa rara em comunidades..uma vez que nínguem o acompanhava às bibliotecas, é claro..havia também o charme do diferente, do novo, do inusitado, vaidades que não conhecera até então..

Ocorre que Biel, em verdade não sabia fazer outra coisa que ler e arrumar estantes, filho de faxineira..além de serem ambientes, limpos e silenciosos, perfeitos para dormir depois do almoço, ou antes do jantar..pensou em estudar biblioteconomia, mesmo sem saber de que aquilo adiantaria, e nisso concordo com ele, digo; para que serve o curso de biblioteconomia, em um país em que nínguem lê..?

Enfim, foi o que fez..estudou em federal universidade, graduou-se e guardou-se em uma pública bibiloteca, ligada a seccional norte perto do bairro longe, do qual nunca conseguiu sair..

Mas Biel lia, e lendo ia longe, e as vezes voltava, lembrando de guardar os atlas, livros e mapas em que entre um babada e outra consultava e sonhava..


Ps: Na próxima Bie..nal de livros, arrumou um bico de vendedor de uma editora de poesia..Pobre Biel..nasceu pro fracasso..