terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Isto não é um conto. Quiçá um ponto. Ou_Nem uma imagem_



Talvez um ponto na vista. Jamais um ponto de vista. Um dia quem sabe... Um golpe de sorte ou maré.moto de azar. Um relato de um pesar pesado profundo e pegajoso...

Desgosto desgostoso. Esgoto esgotante. Exôdo desgastante.

Um dos títulos para o qual tanto me esforcei e pensei, pronta e pontualmente me deslembrei...

Sim a escrita vem do pensamento e não dum dom divino de algum ser sagrado, não, não vem seu almofadinha alienado. Ah, é! hoje se diz coxinha, coxinha malfadado e almiscarado, rei do camarote mascarado!

Sobre andaimes e processos de criação-fruição são tantos os codinomes... Poderia me lembrar da construção da palavra em Cesário Verde e Proust... Pra ficar em dois amigos póstumos...

Fato é que ao se deixar os andaimes a mostra o escritor -prestidigitador -inventor –lapidador -montador -ajuntador -enrolador -embaralhador-entregador -enganador -decifrador de morfemas... Perde o poder sobre sua mágica e desconcentra o seu possível público leitor, com a canção do ludíbrio, diria Augusto! Fazendo, ou deixando seu leitor desviar ooolhar, num mundo de tantas janelas abertas, como o de hoje, o contemporâneo- Agambens que se gabem-, ou seria pós-moderno, ou moderno caso não acredite na Shoah!

Devo dizer, caso alguém viesse a me perguntar, caso ssesse alguém e ouvesse algum leitor ouvindo isto neste exato momento tão propício, como numa elegia de Propércio, que ainda que não conheça o Egito, todavia, entre tanto, contudo, sobretudo e sobre todos sei e creio em nome de Hatshepsut , que puta que o pariu, as pirâmides estão lá! O que se dizer da Shoah?

Certa feita um amigo filósofo ponderou ser imponderável a ladainha schopenhauereana do tipo ser o homem o ser mais desprezível e mau do planeta; da história, caso ela tenho mesmo existido e não seja também só mais um subterfúgio subterrâneo subentendido e subcutâneo de nós terráqueos para enterrar nossas terríveis tétricas e intermináveis dúvidas sobre tudo e todos todo o tempo que temos disponível, mesmo nos sonhos e pesados pesadelos... Bem, ou mal, estou com os românticos, com os niilistas e com os céticos. Pinto portanto esse quadro com as cores escuras de minha palheta... Como PINTO pintou o primeiro retrato de Camões nos Lusíadas, camarões me mordam se não foi ele!

Doutro lado difícil crer -irmãos católicos e protestantes- que depois disso tudo ainda haverá inferno ou que então dEUs é bom e que tudo será como antes... Dos muçulmanos só posso dizer que são humanos... Dos judeus, que não sou eles e eles não são eus...

& que tudo mais Jeová pro inferno! Ora pois, se é verde verdade o que dizem, o demônio é o que mais precisa de compreensão, amor e perdão então, não?!

Satanás só quer viver em paz!?

Inflexível eu? Tão pouco ateu... Sou parte cigano|parte humano e parte judeu, de resto nem sei quem sou, de onde vim ou pra onde vou... Qual é a novidade disto? Poder-se-ia perguntar se fôssemos considerar que ainda tenha uma só alma – caso exista mesmo a alma e que Avicena não houvesse estado em cena...

Lendo este... Este? Este, sei lá o quê! A novidade está em você e não em mim, ou nisto ou naquilo... A novidade hoje se compra no quilo! Cabe a vocês, celestiais- bestiais e geniais leitores, depois que mataram o autor, encontrar sentido para este escrito escroto digitado de braços dados com o cão –Cérbero- sentado ao meu lado, com o cérebro em chamas e desapaziguado... De olho em todo panteão dedEUses do Olimpo ao; o limbo...

A verborragia será minha doença, herança e ‘filogenética vingança’... A novidade é nenhuma! É toda, e é que a criação só é do homem... Uma vez que se bem olhares verás voraz que nenhum Ganesha escreve em meu nome, ainda que tenha toda a filosofia védica compilado!

*Esse recado vai pra a Prado Adélia, a Amélia católica de poesia apostólica... Aproveito pra dizer nesse sujo ensaio, com olor de crônica, que o Imagem da Palavra –uma palavra vale mil imagens- é uma chatura super sônica. Vergonha da palavra!? O Suplemento Literário que o valha, apesar de que o diretor me deu o cãono, e que tenha um amigo escultor das minas e das gerais, de nome M.P. de quem não sei nem o que não saber...

Pois muito bem, voltando ao tema de nosso? Que é tema nenhum!!! Peço-lhes, caso exista mesmo que só um ledor, a gentileza de pensar em algo que gostaria de ler-ver, algo alegre e casual só para lhe entreter e refrescar as telhas nesse verão de mil graus... Quem sabe algo doce e pueril, escrito a quatro apaixonadas mãos na mansarda numa mansa e morna manhã de primeiro de abril...

Mas qual! Acorda Pascoal! Estamos em pleno verão; a estação do amor! Queres logo então algo picante e sensual?! É de se supor...

Vamos lá! Não seja devagar, enseja! Diga-me de uma vez por todas, meu freguês, diga logo ora bolas!!! - já começo a me cansar de você, leitor idiota que não sabe sequer; se quer... O que quer? Contudo e como todos leitores, tradutores e traidores, a esta altura devem estar, como todo mau.dito humano pouco porco preguiçoso, maldizendo me, dizendo que diabos está este eutor, aqui nesse pequeno pernicioso pedaço de papel porcamente escrevendo...

É sobre a discórdia concorda !? Queres corda pra se enforcar, toma-lha! Azêmola azeda essa vida, aziaga essa vinha... Desse vinhedo velho vim e vou voltando por voláteis vontades verso a um vórtice de versos desconexos...

Sim, meu amplexo é complexo! Você leitor maldito inaudito que chegou até aqui e jaz se sentes assim como eu exausto, desmotivado, desacreditado do poder da palavra, da necessidade do discurso, da literatura, da dramaturgia, da novela, do drama, do conto, da ode, da elegia... E elegeria qualquer outro quadrúpede para ser redator desse texto, testículo ridículo idílico e sem pretexto explícito!

PS: Caso tenha chegado até aqui, saiba para sua informação e conforto que este... Tem exatas mil palavras. Mil miragens... Disponha... De nada.

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