sábado, 21 de março de 2015

DURA LEX SEDEX LEX _BASEADO EM BASEADOS REAIS! À Suehiro Maruo





Fato é que a coisa toda não havia começado muito bem . Não sei se sei bem o motivo, (Gostaria de escrever "o porque", mas nunca me lembro qual é a forma correta, por fim acabei por conferir no google e me parece que desta feita; acertei.) sei só que somente 2 dos 3 encomendados me foram enviados. Apenas; e, a duras penas, dois! e ainda por cima, por baixo e pelas laterais; Pasmem! Duas fêmeas... É realmente desconcertante e degradante o desagradável ponto em que descemos nesse mercado, lembro-me como se fosse depois de antes de amanhã, numa amarela manhã em que vovó resmungou com voz grave e odiosa; não sem alguma manha: "Mais valem mais pintos na mão de que um galão na panela!" Não sei se concordo com ela...

Além de serem duas virginais vaginas, eram ainda como dois anjos do apocalipse... (Versículo 6, capítulo 66.) A maioria majoritária vinha de uma região de gente cruel, rude e autoritária do cantão sudoeste, entre Zhaoqine e Foshau, em Cantão... Eram de lá os fornecedores principais e mundiais daquilo que compramos como costumamos chamar, nós que afinal, ao final somos tão humanos quanto qualquer um de vocês que eventualmente nos leiam; de: Live Dolls!

Costumo brincar que o nome mais apropriado seria: Evil Dolls!, em português fica a gosto do freguês... Este habito, digamos talvez pouco comum nasceu e cresceu, reflito hoje mais velho e experiente, quando morei no Japão e tomei conhecimento de digamos um estilo de vida único e unívoco...

Como se nada bastasse pra ser ruim o bastante, os bastardos não abasteceram as cápsulas de morfina o suficiente e as coisinhas chegaram já semi-conscientes, começando a se debaterem e a colear, um tanto sem ar, como a larva de algum verme ou inseto... a não ser que seja do tipo romântico, como eu, e prefiram visualizar uma crisálida pronta à transubstanciação final!

Assustado e no reflexo em que meu sexo num súbito ataque desconcentrou-me, a deixei cair, ou talvez mesmo a tenha jogado num momento de flexão muscular involuntária, algo entre o sublime; o impulsivo; o pulsante; o repulsante; e, o reflexivo...

A caixa de madeira que a transportava se espatifou por completo e ela rolou como um saco de batatas por sobre as baratas que por ali estavam de bobeira, tirando um barato...

AO VENCEDOR AS BATATAS, AO PERDEDOR AS BARATAS!!!

Aguachei-me demoradamente - com o deusmônio na morada da mente- ebulindo meus neurônios, hediondos gordos e redondos... a peguei, como um pai pega uma filha; afinal nenhum homem é uma ilha, como um padre segura uma criança para o santo batismo e a segurei contra meu peito, deixando transparecer a mágoa e a chaga que se derramava como água turva na curva entre a fenda que feria meu coração de ferro e de fera...

"Meu coração- estranho carniceiro!"

Ela sem os braços, presa em meus abraços, com a língua profunda e cirurgicamente arrancada gania e chorava, olhando-me com seus dois olhos orientais esbugalhados e desorientados... Momento de frisson onde a vislumbrei assada com bastante alho...

Nesse mesmíssimo momento submisso atravessou em sobrevoo um gato malhado com uma das baratas se debatendo contra o seu bigode...
(Um dia dedicarei a este singular segundo; uma ode.)

Ela era, afora o belo rosto, como já declarei, nada além de um 'feto' fedido e fendido... Levei-a ao tanque; lavei-a e livrei-a dum sangue misturado com fezes, a princípio suspeitei de alguma adulteração no produto, entretanto e para minha suprema alegria e paz de espírito era apenasmente e tão somente, sua menarca que escorria deixando vermelha marca...

Nesse instante senti-me como come um rei, um rei não: Um monarca!

Puxei-a do tanque pelos cabelos e após arrancar-lhe o olho esquerdo com um abridor de latas, introduziu meu membro inferior, que a esta altura diga-se de passagem se encontrava duro como uma trava carneiro... E esfreguei-o alucinadamente naquela poça de sangue e membranas pululantes & após alguns instantes gozei tão fortemente que pude ver o esperma saindo pelas suas orelhas, enquanto o coração dava seus últimos saltos...

Voei de assalto à segunda caixa e vi que minha outra encomenda já estava morta, torta como a torre de Pizza. A assei no alto forno, onde cozinho minhas esculturas de barro... A comi com um ameno vinho Romeno, ao ponto, à meia noite em ponto; como se come uma merenda.

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