A nova Tia
foi ao Mall..
(Ver se era mau)
Comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..
Cansada das empregadas
empreguetes..?
(Ver se eram burras)
Do marido jovem..
Marionete
Maridonete
Rico, careca e barrigudo.
(Ver se era burro)
Do amante
Jovem e viril..
(Ver se era mudo)
Do mundo
que não soube
lhe caber tanta
beleza.
(Ver se era isso tudo)
Esqueceu de levar
a sacola retornável.
Pobre diaba, odiável.
Lembrou de não esquecer
seu enorme preconceito
Preceito não reciclável
Bem como..
(Bem me quer..mal lhe quero)
De retocar a maquilagem
Irretocável.
Dona do mundo..
E de um caráter
Biode(sa)gradável.
Poesia deveria ser mais assim mesmo, sem muita prosopopéia..poesia popular, sem ser muito mirabolante, distante da realidade, fechada num mundinho de "alta CUltura"..Vc manda bem hermano!
ResponderExcluirPoxa, hermano, fico agradecido, pois compartilho convosco dessa teoria, ainda que não pense muito nisso ao escrever, mas acaba acontecendo..
ExcluirMe alinho com os poetas Surrealistas e Abjecionistas..Adoro lembrar dum português que se Chama Alexandre O´neill, que tem um poema lindíssimo onde diz dentre outras coisas..
"Quando dizes poesia eu tenho nojo..quando dizes poesia dizes família, tradição, classe.."
-Uma vida de Cão- se não me engano..
Poesia no Brasil ou é cordel, ou é corécoré de gente que se acha escolhida..Enfim..Fim..?!