quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Balzaquianas..Belas e Subumanas..

A nova Tia
foi ao Mall..
(Ver se era mau)
Comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..comprar..

Cansada das empregadas
empreguetes..?
(Ver se eram burras)

Do marido jovem..
 Marionete
 Maridonete
Rico, careca e barrigudo.
(Ver se era burro)

Do amante
Jovem e viril..
(Ver se era mudo)

Do mundo
que não soube
lhe caber tanta
beleza.
(Ver se era isso tudo)

Esqueceu de levar
a sacola retornável.

Pobre diaba, odiável.

Lembrou de não esquecer
seu enorme preconceito
Preceito não reciclável

Bem como..
(Bem me quer..mal lhe quero)

De retocar a maquilagem
Irretocável.

Dona do mundo..
E de um caráter

Biode(sa)gradável.

2 comentários:

  1. Poesia deveria ser mais assim mesmo, sem muita prosopopéia..poesia popular, sem ser muito mirabolante, distante da realidade, fechada num mundinho de "alta CUltura"..Vc manda bem hermano!

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    1. Poxa, hermano, fico agradecido, pois compartilho convosco dessa teoria, ainda que não pense muito nisso ao escrever, mas acaba acontecendo..

      Me alinho com os poetas Surrealistas e Abjecionistas..Adoro lembrar dum português que se Chama Alexandre O´neill, que tem um poema lindíssimo onde diz dentre outras coisas..

      "Quando dizes poesia eu tenho nojo..quando dizes poesia dizes família, tradição, classe.."
      -Uma vida de Cão- se não me engano..

      Poesia no Brasil ou é cordel, ou é corécoré de gente que se acha escolhida..Enfim..Fim..?!

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