domingo, 5 de outubro de 2014

Centopéia onomatopéica? Reinos inanimados_

"Ou Darwin, ou desce!"

Guaraci Merlhieg





Rato sorrateiro
Canário canalha
Elefante tratante

mula nula nunca muda
truta treta traça troços

humanos são sós
são só os ossos
os anos sãos são
só os nossos
os os só destroços

os 'se's' nem se fala
nem se falassem!

Tem o cego que não vê a lua
Tem o ego que não vê a sua

Tem o tédio que não vê a grua
Tem o prédio que não vê a rua

O humanitismo de machado

lenhou o niilismo

Ao vencedor as batatas
ao perdedor a dor
e lenha ao lenhador!

penso logo desisto
escrevo logo resisto_

Descarte Decartes!
,já disse algum dia,

@ vida
cínica
sinestesia

Montei em Montaigne
No tropos mais comum
-segui num trote incomum-

Afinal ao final
o homem é só mais um_

O ornitorrinco
ficou rico

A grila greluda
gritou gripada:

"Cada Magalho
no seu caco!"

Cada forte
pro seu fraco

desça a cabeça
ao cadafalso

cada verdadeiro pro
seu cada falso...

Vi um cachorro
vestido de Zorro

Vim viver pra ver s´eu morro!?!

A abelha abelhuda vivia
debaixo da telha

Um coelho de cartola
dando no pé-de coelho-

O jacaré de Lacoste
nadando de costa

O besouro de
jaqueta de couro

deitado de lado
rolando na bosta

A hiena de dar pena

Já a ema, é da gema!

Galinhas, justiça...
Sem pena se espreguiça

abaixo da preguiça que sempre enguiça

Poema vegetariano
enchedor de linguiça_


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