terça-feira, 28 de abril de 2015

NIGHT MARÉS | PESADO DEDÁLO




Quem nunca ? Quem quantos? Quem sempre? Quem sabe o que signo ficam... Sei que de minha parte, ao menos da parte que dorme, os tenho em profusão, nem sei calcular, sei contar em conto; quantos são... Os tenho todas as malditas noites, me vem como açoites... Aceito, uma vez que era uma vez, não tenho o que fazer a respeito... Respeito os que não sonham, ou ao menos não se lembram, aliás invejo-os!, bem como invejo os ignorantes, os que vivem de futebol, trabalho (e seus resultados matérias: endividamento e enredamento); e sexo, tão somente...

Não sei se sou exatamente um místico, ou dois céticos em um, mas o mistério me é mister! & o aquilo a que chamam de nexo, a mim não condiz...

Via de regra, caso exista aqui qualquer espécie de regra, acordo desolado de um lado da cama, com o cerebelo em chamas; e, o sonho me escapou, mais uma vez e por um triz...

Não sou escritor, não ator, muito menos atriz, sei que o que vim aqui fazer, eu o fiz!

Escrevo isto e me pego deslembrando|desmembrando (Aqui me lembrei do Marlon Brando, mas deixa pra lá), d´uma das milhares de besteiras que desaprendi|depreendi –baependi- na obsole(n)ta: Fale- FaCUldade de Letras da CUFMG(Fale! Mas não escrevas?)...

... de que a diferença entre um autor e um escritor é o fator da publicação, agora descubra qual e qual, você professor- doutor Pascoal!?

§Jubila de mim, jubila, queu num sô merecedô de ser doutô!§

Repete Refrão; em vão... (Este samba é de autoria de Fláva Savia Sileli & Guaraci Nanferdes Merlhieg.)

Acordado do pesadédalo penso em seu fim, em seu começo, meio em meio ao sono abruptamente apedrejado pela bruta realidade do dia brilhando em uníssono...

São tantos, são francos, são diabólicos e não são santos... Lembro-me de vários, de vários que gostaria de esquecer, de vasos de cerâmica armena, de vasos sanguíneos, às vezes e apenas...

Esqueço de mim, me desmereço, me desmemoro, me mudo, me despejo, me despeço, me moro, me morro, me mato e me aborreço... Cada qual tem seu preço, cada casa seu endereço, cada caso seu apreço, contudo, com tudo que sonho poderia construir um muro que superaria em dias de caminhada; a muralha da china!

Pensando melhor, vou é montar um fábrica de sonhos _MADE IN CHINA_

Mas essas idéias meio ridículas, essas rimas inócuas e improfícuas, já foram transubstanciadas em livros, em filmes, enfim... Henfil quando foi à china pretendia escrever um livro- E que livro-
Já eu não pretendo escrever um livro, pois penso que as palavras não são livro; são livres!

Acreditem, me dói ‘ter que’ interpelá-las, ajuntá-las, ajustá-las, a elas e suas pétalas; à algo que se assemelhe a um texto, que se dirija a um público, afinal não sou puto, sou pudico e publico versos desconexos que por vezes escorrem em linha reta, e a isso convencionou-se chamar de prosa poética.

Mas para mim não! Chamo-as de chamas proféticas, não sintéticas, nem estéticas, antitéticas, antiéticas... Antes isso... Devo estar sonhando que ouço DEVO... Voltando ao sonho do sono acordado, poderíamos deixar acordado, aqui entre nós, que doravante não estabeleceremos parâmetros para o que distingue o seu sonho, do meu sonho, dos nossos sonhos, daquilo que Danilo chamou de realidade... Caso alguém aí se chame Danilo, ou daquilo...

O caso é que o ocaso, não por acaso, é só o que conta num sonho...

Esqueça todos os blockbostas roliúdianus que assistiu, em que o DiCapricórnio ou o Ciano River, entram e saem do sonho, voltam, dão piruetas, cambalhotas, alteram o rumo e os modificam, assim como Modigliani; as suas rotas – Come mais uma pipoca e arrota-

Desnecessário dizer que por mais que seja absoluta e resolutamente necessário se criar, aquilo é coisa pra se sonhar, uma vez que nenhuma só vez, pôde-se, ou melhor: pude, fazer algo parecido, e de tudo que sei sobre, não sei se sobre esta terra tem alguém que o faça...

Fácil falar, rimar e filmar, mas não penso que alguém o possa , uma vez que a maioria das pessoas, mal-mal conseguem se lembrar da porra do sonho! , ao final; afinal e ponto final.

Sei que pode soar à inveja, mas desafio àquele que me provar, aqui agora, que detém o controle remoto do além...

Aqui neste modorrento e fedorento planeta azul escuro, os surrealistas bem intentaram descrevê-los e deles se apoderar e empoderar, mas como todos ‘istas’, isto acabou por se revelar, só mais um sonho onde se emparedaram...

4 comentários:

  1. como em todo sonho, as palavras se perderam no meio do caminho, mas voltaram para nos despertar no fim.

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    1. Cara Fla´va?!, isso nem é por conta do sonho, é da maconha mesmo...

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